Quais os efeitos da música no cérebro?

Usamos esta pergunta como ponto de partida para este artigo e fomos à descoberta de quais, afinal, são os efeitos da música no nosso cérebro. Ficamos surpreendidos quando percebemos que os efeitos da música vão muito mais além do que apenas estímulos da audição, já que a vibração sonora interfere diretamente com a mente.

Tecnicamente, quando começamos a ouvir música, as ondas de rádio que são emitidas por um instrumento, colunas ou fones de ouvido fazem com que os nossos tímpanos se movimentem. Esse movimento é traduzido numa cadeia de sinais eletroquímicos que atingem o córtex auditivo e, a partir daí o som é analisado em relação ao tom, ritmo, volume, timbre, harmonia, localização espacial e ressonância. De forma geral, é como se todas as áreas do cérebro conversassem entre si.

O hemisfério esquerdo do cérebro encarrega-se de interpretar e analisar a letra da música, enquanto o hemisfério direito vai entender a melodia e o ritmo. Ou seja, ambos os hemisférios trabalham de uma forma síncrona e extremamente poderosa. Este processo tão completo faz com que, mesmo que te esqueças de uma parte da canção ou da melodia, a tua mente consiga ter a memorização da música. Esse aspeto explica, por exemplo, como pessoas com alguma doença degenerativa, como Alzheimer, conseguem “repescar” memórias através da música.

Para além disso, a música é capaz de algo que certamente já experienciaste: alterar o teu humor. Prestemos atenção ao exemplo das playlists feitas para acompanhar o exercício físico, estas são normalmente constituídas por ritmos marcados que influenciam a frequência cardíaca e respiratória, e o funcionamento dos músculos, que acabam por entrar em sintonia com aquele processo natural.

Como a Música pode estimular do desenvolvimento do cérebro e a saúde emocional?

Diferentes tipos de música despertam diferentes emoções e evocam lembranças, provocando uma série de respostas no corpo humano. Assim, ouvir música não é apenas lazer: a música pode ter efeitos terapêuticos e ser parte de algumas estratégias que visem a estimulação de determinadas áreas do cérebro.

A investigação mostra que as crianças normalmente se expressam melhor pelo som e pela música do que pelas palavras, verificando-se que esta pode ser uma ferramenta única para crianças com déficit de atenção, dislexia, autismo, depressão, esquizofrenia ou outras alterações cerebrais. Por outro lado, perturbações como a demência, não afetam os talentos musicais, e até contribuem para suavizar o problema. A música pode, também, facilitar a intimidade e a aproximação física dos indivíduos com os seus cuidadores, melhorar o envolvimento em tarefas e melhorar a modulação positiva do humor.

A música acaba por ser uma medicina natural da qual todos nós deveríamos abusar, sem contraindicação.

Por último, deixamos-te uma Curiosidade:

Estudos chegaram à conclusão que a música mais feliz do mundo é Don’t Stop Me Now, dos Queen.

Deixamos-te de seguida a música para que a possas ouvir e ficar ainda mais feliz depois de ler este artigo!

Escrito pelo Edgar

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